Era mais um sábado comum em Belo Horizonte, sem nada para fazer, sem nenhum compromisso, quando decidi que o domingo não poderia ser igual.
Foi assim que combinei com a Naiara de realizar um trekking pela Serra do Curral no domingo dia 23 de janeiro, a fim de chegar ao seu ponto mais elevado, o Pico Belo Horizonte.
O sábado a tarde foi de preparativos, compra de lanches, análises de mapas, relevo, estradas e trilhas.
No ano passado, fizemos um trekking pelo Parque das Mangabeiras, que fica localizado aos pés da Serra do Curral e chegamos até um mirante localizado no meio da serra, mas devido à chuva forte que caía, decidimos não continuar nas partes altas da serra e retornamos ao parque, mas com a certeza de que um dia voltaríamos para chegar ao seu ponto extremo.
Saímos no domingo por volta das 08:00 com destino ao Parque das Mangabeiras.
No caminho fizemos uma parada no Mirante do Mangabeiras, ponto turístico de Belo Horizonte, do qual é possível observar toda a cidade e, no nosso caso, observar nosso principal objetivo do dia: o Pico Belo Horizonte.
Partimos do mirante com destino ao Parque das Mangabeiras, local que seria base para o nosso trekking. Chegamos ao parque às 08:30.
O nosso plano inicial seria caminhar 2 km por uma trilha interna do parque até o limite do mesmo e de lá seguir mais 2 km por uma estrada que dá acesso as torres de transmissão da cidade, as quais estão localizadas próximas ao pico.
Iniciamos nosso trekking pela trilha interna do parque e, ao chegarmos próximos ao limite do mesmo nos deparamos com um imprevisto: os seguranças do parque nos informaram que o acesso a Serra do Curral e ao Pico Belo Horizonte estava restrito somente a funcionários autorizados.
O que prometia ser um simples trekking, com este imprevisto, iria se tornar um pouco mais complexo.
Como no dia anterior havia analisado bastante o relevo e as trilhas da Serra do Curral e com o acesso por Belo Horizonte restrito, decidimos então que seguiríamos rumo ao pico pelo lado de Nova Lima.
Retornamos até a portaria do parque de onde seguiríamos até um mirante, já fora dos limites do parque, o qual se encontra exatamente na divisa entre Belo Horizonte e Nova Lima.
A partir da Praça das Águas do Parque das Mangabeiras, seguimos por uma trilha pouco definida, em meio a pequenas árvores e bastante mato com destino a este mirante que fica na divisa entre as duas cidades.
Ao chegarmos no mirante, às 10:00, fizemos uma primeira parada para lanche e pudemos admirar a cidade de Belo Horizonte por um angulo diferente.
Após alguns minutos de descanso, seguimos por uma antiga estrada de terra da mina de Águas Claras, uma mina de ferro desativada a vários anos, localizada na parte de Nova Lima da Serra do Curral.
Descendo por esta estrada, tínhamos sempre como referência o pico Belo Horizonte ao fundo.
A partir desde ponto, todo o caminho seria novidade, pois nunca havíamos passado por esta região antes. Mas analisamos os mapas e traçamos possíveis caminhos e trilhas que nos levariam até o pico Belo Horizonte.
Na medida em que caminhávamos, nosso destino se mostrava cada vez mais desafiador. Víamos vales, matas e um relevo cada vez mais acidentado, os quais teríamos que atravessar. Mas em momento algum pensamos em desistir do nosso objetivo.
Após caminhar 2 km por esta antiga estrada de terra, chegamos a um ponto em que a estrada seguia em uma direção contrária a do pico. Neste ponto seguimos por uma trilha dentro de uma mata fechada a qual seguia na direção rumo ao pico.
Seguimos por esta trilha e, na medida em que caminhávamos, a trilha se tornava cada vez mais íngreme e arriscada.
Em uma breve parada nesta trilha, pudemos observar todo o trajeto feito para chegar até este ponto: o Parque das Mangabeiras à direita, o mirante no meio da serra e a antiga estrada de terra margeando o lago da mina a esquerda.
A cada metro que subíamos, observávamos o pico Belo Horizonte cada vez mais próximo. A nossa vontade de chegar até o topo era cada vez maior.
Já próximos ao pico, seguimos por uma trilha estreita que nos levaria direto ao topo.
A vista da trilha final rumo ao pico é indescritível, vales e morros por toda a parte.
Seguimos rumo ao topo e, às 12:30 lá estávamos nós, no topo do Pico Belo Horizonte, a 1.390 metros, no ponto mais elevado da Serra do Curral.
O caminho de volta foi bem mais tranquilo e menos radical.
Retornamos pelo acesso de Belo Horizonte, o mesmo acesso que teríamos feito na ida se o mesmo não estivesse restrito dentro do Parque das Mangabeiras.
Após 2,5 km de descida, chegamos à estrada que dá acesso ao Parque das Mangabeiras.
Na estrada interna do Parque das Mangabeiras, caminhamos mais 2 km até chegarmos ao nosso ponto de partida do trekking, na portaria principal do Parque das Mangabeiras.
Às 14:30 já estávamos de volta na portaria do parque, após 12 km de um trekking sensacional.
Imagem do trajeto realizado no trekking.
Em vermelho rota de ida e em amarelo rota de volta.
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Recebemos do nosso amigo e aventureiro José Henrique o relato de seu trekking pela Serra do Curral, próximo a capital mineira, Belo Horizonte. Ficamos muito satisfeitos! Muito obrigado pelo envio! E todos nossos leitores que quiserem enviar suas aventuras será um prazer divulga-las aqui!
Um grande abraço a todos e mais uma vez muito obrigado José Herinque!
